(Tombamento: Iphan em 21/10/38
Livro do Tombo Histórico: Inscrição nº 101, p. 14, 6/5/1975)
A Igreja de São Miguel localiza-se em terras da antiga aldeia de El-Rei de São Miguel de Ururaí, administrada pelos jesuítas nos séculos XVI e XVII. A primeira capela, construída por volta de 1580, foi substituída pela atual em 1622, conforme inscrição existente na verga da porta principal. O edifício alpendrado, em nave única, capela-mor e teto de telha vã, com madeiramento aparente, apresenta técnica construtiva em taipa de pilão e cobertura em duas águas. No seu interior, existem peças em jacarandá torneadas. Em 1691, por determinação do conselheiro Diogo Barbosa Rego, a igreja sofreu reparos. No século XVIII, sob a orientação dos franciscanos, o pé-direito da capela elevou-se de 4 para 6 m, ficando a cobertura da varanda lateral em nível inferior, o que possibilitou o surgimento das janelas do coro. Entre 1939 e 1940, foi restaurada pelo Iphan, sob a direção de Luís Saia.

Conhecida como Capela dos Índios, ela é a mais antiga Igreja, totalmente preservada, do estado de São Paulo. Na viga superior da porta de entrada está a seguinte inscrição: “Aos 18 de julho de 1622. São Miguel”.
Sua história de quase quatro séculos testemunhou o alvorecer da evangelização jesuítica e franciscana em São Paulo. O Beato José de Anchieta foi catequista na Capela de São Miguel, juntamente com uma comunidade de Padres da Cia. Jesus.
A Capela de São Miguel com o Pátio do Colégio eram os locais principais da organização evangelizadora dos Padres Jesuítas, para implantar a fé católica, os colégios e os serviços de solidariedade aos necessitados.
A presença franciscana também foi marcante, depois dos Jesuítas, em nossa Capela e, entre os mais importantes evangelizadores que por aqui passaram foi o Frei Leão, muito amigo do padre Aleixo Monteiro Mafra.
Fonte:
Catedral de São Miguel Arcajo
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